O Cristo Morto De Pedro Américo: Edição Especial 2019
Independently published
ISBN13:
9781794673298
$25.28
PrólogoAh! A doce fase de nossa vida a que chamamos de adolescência. Erramos só por errar. Nos rebelamos contra tudo. Temos as ideias e as intenções mais louváveis que possa existir. O brilho em nossos olhos demonstra toda a intensidade de nossas vibrações e esta energia é gasta muitas vezes em ideias mirabolantes e infundadas. Tal como esta estória. A estória de como um "Cristo Morto" poderia ter mudado o perfil social de uma pobre gente faminta, e mudado os parâmetros de desenvolvimento de uma pequena cidade do interior do estado da Paraíba no Nordeste do Brasil. Areia.IntroduçãoAreia! Cidade de clima muito agradável localizada na serra da Borborema a cerca de 130 km de João Pessoa, capital do estado da Paraíba. Atingindo uma altitude de 1700 m, as chuvas nesta região são muito constantes, o que originou o nome carinhoso desta pacata cidade de: "Brejo de Areia". A sua população é composta na maioria, por trabalhadores rurais, pequenos comerciantes, agricultores e pecuaristas. Como ocorria em todas as cidades do interior do Nordeste em Areia também era comum a prática do "Coronelismo" *. A elite social, elegia o Prefeito e ele dirigia o rumo do desenvolvimento da cidade, para dentro das cercas de suas vistosas propriedades repletas de plantações e criações afim. Enquanto isto, o povo nem se quer era reconhecido como gente. 1 Criaturas famintas moravam ainda em habitação de pau-a-pique. Nem mesmo o Clero, representado pelo missionário que administrava a elegante Igreja da cidade, se importava com os miseráveis e necessitados. Lembro-me com lamúria de uma breve visita do bispo a cidade de Areia em que, um dia antes de sua chegada, na missa do dia, o padre pediu a todos os filhos ilustres de Areia, presentes para o clérigo. "O bispo gosta muito de laranja..." dizia o Padre ao decorrer da missa, dirigindo-se a um dos fidalgos. "_Ele iria ficar muito contente se ganhasse uma daquelas suas vacas pintadas, senhor Borjes..." E assim foi feita a belíssima recepção do honrado religioso. Este era o trabalho social do representante de Deus na cidade de Areia, servir a quem não precisava. Contudo a cidade ainda era afamada por ser terra natal do grande pintor Pedro Américo. Na simplória casa em que nascera o pintor, hoje "Museu de Pedro Américo", encontra-se vários objetos que lhe pertenceram. Desenhos, paletas, livros pessoais e até à palmatória, com a qual os seus pais, o reprimiam. Um pequeno quadro pintado em pastel compondo um dos, "Cristo Morto", pintado em 1901, e um autorretrato do pintor sem data, eram as únicas obras de pinturas originais no acervo do museu. A pequena pinacoteca do grande pintor! Em contraste com a pobreza do acervo artístico e a falta de homenagens ao grande pintor reconhecido mundialmente, as homenagens a políticos e religiosos se destacavam consumindo dos fundos públicos e dos fundos da Igreja, montantes incalculáveis. Isso acontece em todo nordeste do Brasil até os dias atuais. 1 (Esta era a minha única visão nesta época em que eu era adolescente).
- | Author: Otin Luma
- | Publisher: Independently Published
- | Publication Date: Jan 22, 2019
- | Number of Pages: 108 pages
- | Language: Portuguese
- | Binding: Paperback
- | ISBN-10: 1794673296
- | ISBN-13: 9781794673298
- Author:
- Otin Luma
- Publisher:
- Independently Published
- Publication Date:
- Jan 22, 2019
- Number of pages:
- 108 pages
- Language:
- Portuguese
- Binding:
- Paperback
- ISBN-10:
- 1794673296
- ISBN-13:
- 9781794673298